Neste ano, em Pelotas, 123 educandários municipais, estaduais e assistenciais sediarão ações do Programa Saúde na Escola (PSE). O número representa uma ampliação do projeto em 38% – considerando que, até 2018, a iniciativa funcionava em 89 escolas. A estratégia do governo federal foi aderida pelo Município em 2013 e, desde então, promove políticas de saúde e educação voltadas a crianças e jovens de Pelotas.  

Em 2018, 123 instituições de ensino terão atividades do Programa Saúde na Escola. Foto: Michel Corvello

Serão 42 núcleos, compostos por instituições de ensino e unidades de saúde, responsáveis por executarem atividades que permeiem assuntos importantes, como a prevenção à violência, à obesidade infantil e à gestação precoce, o incentivo à cultura da paz, o combate ao mosquito Aedes aegypti e a discussão sobre o uso de álcool, tabaco e outras drogas.  

Nessa terça-feira (19), representantes de escolas e UBSs da Colônia Z3 e da zona rural reuniram-se para conhecer os dados do programa relativos a 2018 e atualizar o planejamento das ações neste ano. O encontro foi uma oportunidade para aproximar os profissionais das unidades de saúde e educacionais, a fim de que idealizem em conjunto as estratégias nos educandários de Pelotas – 72 municipais, 50 estaduais e uma assistencial.  

Trabalho conforme a realidade

A coordenadora do PSE pela Secretaria de Educação e Desporto (Smed), Raquel Guterres, explica que o planejamento consiste no desenvolvimento de 12 temas com os alunos; destes, seis devem ser elencados como prioridade. 

Prevenção à violência, à obesidade infantil e à gestação precoce serão algumas das temáticas desenvolvidas com alunos de Pelotas. Fotos: Michel Corvello e Luiza Meirelles

“Os núcleos terão autonomia para definir quais assuntos são mais essenciais, de acordo com a necessidade e demanda de cada comunidade”, justificou.

Verificação da situação vacinal, promoção da saúde ocular e auditiva, e prevenção a Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTSs) também figuram entre as temáticas apontadas pelo programa.  

A ideia é fortalecer as práticas que já são executadas nos educandários, acrescenta Raquel, possibilitando a participação dos profissionais da saúde, que podem auxiliar na explicação dos conteúdos. Palestras, oficinas, mostra de trabalhos e rodas de conversas são algumas das estratégias sugeridas pelo Município. No entanto, outras ações podem ser desenvolvidas, desde que abordem as temáticas necessárias.  

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No encontro, os fluxos atualizados de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência também foram lembrados – especialmente, o formulário idealizado em 2018 para agilizar o processo de denúncia, já que pode ser preenchido somente uma vez pelas escolas e encaminhado às instituições responsáveis (neste caso, Conselho Tutelar, Ministério Público Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).

A ação está inserida no programa Infância Protegida, do Pacto Pelotas pela Paz, assim como o Plano Anual de Prevenção à Violência Escolar – documento que cada educandário construirá neste ano e servirá de base para as atividades preventivas, a fim de combater comportamentos discriminatórios, indisciplinares e abusivos.  

Os encontros do PSE foram divididos conforme a área de atuação – servidores das Três Vendas, Fragata, Porto, Centro, Laranjal e Areal já participaram da reunião de atualização e planejamento. Ministraram a atividade desta terça a coordenadora do PSE, Jacqueline Dutra, e as coordenadoras do programa Luciane Ribeiro, Vera Savedra e Jussara Cruz.