Saúde quer implantar medidas de enfrentamento a superlotações

Nesta semana, a equipe da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), formada por setores responsáveis pelo atendimento aos usuários do sistema público de saúde, reuniu-se para elencar medidas de enfrentamento à superlotação das emergências – quadro vivido em todo o Estado – em razão do aumento de doenças características do inverno. Itens foram levantados como prováveis saídas para atender ao acréscimo da demanda pelos serviços no período e encaminhados ao Conselho Municipal de Saúde (CMS), que deve apreciar e deliberar sobre as políticas da gestão na área.

Equipe planeja estratégias prevendo aumento de pacientes no inverno - Fotos: Divulgação/SMS

 A secretária de Saúde, Ângela Moreira Vitória, informa que os dados de 2024, de atendimentos no Pronto Socorro de Pelotas por doenças respiratórias, foi tomado como base para projeções neste ano. O objetivo das medidas é evitar a demanda do ano passado, superior a uma centena de pacientes mensais, de abril a novembro, com espera por leitos. As doenças diagnosticadas no período são pneumonia, pneumonia comunitária, infecção respiratória aguda, doença pulmonar obstrutiva crônica e exacerbada, broncoespasmo e edema agudo de pulmão.
 

Neste ano, registra-se ampliação discreta das internações pediátricas e grande aumento na demanda por internações adultas clínicas. Os dados ainda estão sendo compilados e, de acordo com a percepção dos profissionais da emergência, existe acréscimo de, aproximadamente, 50% da busca por atendimento em todas as especialidades.

Medidas propostas

1. Ampliar oferta de atendimento nas Unidades Básicas de Atendimento Imediato (Ubais) e turno estendido em mais três Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
2. Articular com o programa Melhor em Casa um trabalho mais próximo ao Pronto Socorro, visando propiciar altas mais precoces e acompanhadas.
3. Fortalecer a equipe da Regulação, com objetivo de buscar a ampliação da oferta de leitos.

4. O Núcleo Interno de Regulação do Pronto Socorro buscará estratégia articulada com as UBSs para programar altas do PS.

5. Adquirir novos leitos clínicos e de UTI.

6. Reativar o trabalho da Telemedicina para informações sobre doenças respiratórias e o matriciamento de emergências para as Ubais.

7. Ampliar equipes de urgências no PS e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
 

Esses itens integram documento encaminhado ao Conselho Municipal de Saúde, que deverá formalizar sua posição à SMS. Participaram da elaboração, além da secretária Ângela, o coordenador da Rede de Urgência e Emergência, enfermeiro Marcelo Rosa, o diretor técnico do PS, médico Achilles Neto, a diretora do PS, médica Mônica Mendes, o coordenador da UPA, odontólogo Nélson Soares, diretores da Atenção Primária de Saúde - enfermeira Cândida Garcia e médico Alexandre Moch, a diretora executiva da SMS, Cristina Rossano Soares, a coordenadora da Regulação, Rosângela Soares, o coordenador do Melhor em Casa, Tiago Maas, e a diretora de Atenção Especializada e Hospitalar, Valéria Rojas.