O primeiro grupo a receber o método reuniu-se para encontro de encerramento nesta quarta-feira
29-08-2018 | 17:09:37
As cinco mães do primeiro grupo escolhido para receber os ensinamentos sobre o método ACT – Criando Crianças Seguras, encerraram o ciclo de oito sessões nesta quarta-feira (29), em encontro na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Bernardo de Souza. Na reunião, coordenada pela facilitadora Suzana Martins, as emoções eram sentidas no ambiente, cada vez que uma das mulheres relatava como o aprendizado mudou a vida de sua família e melhorou o relacionamento entre pais e filhos.
“Eu era uma mãe completamente diferente. Achava que para uma criança ter educação, precisava ser punida”, disse Rosa, mãe da pequena Milena.
Nessa última sessão, Suzana conversou com as mães Letícia Mendes, Iris Cardoso, Juliana Domingues, Graciela Soares e Rosa dos Santos sobre os temas abordados desde o primeiro encontro. Relembrou técnicas ensinadas para conter a raiva e para lidar com a frustração das crianças e reapresentou conceitos como a disciplina positiva e os exemplos de parentalidade. As participantes também opinaram sobre as atividades e sugeriram que o ACT seja ensinado a cuidadores que atuam em creches e outras Emeis.
"Nós não queremos que a violência seja a realidade dos nossos filhos. Por isso precisamos transformar nossos lares em espaços seguros", lembrou Suzana.
A coordenadora do projeto, Alicéia Ceciliano, em resposta à demanda dos pais, esclareceu que o objetivo é transformar o programa em uma política pública no próximo ano, e que isso será decidido após a análise dos resultados até a última sessão, no mês de novembro. A intenção é que 12 Emeis sejam as primeiras a receber a formação do ACT para o ano seguinte, de maneira experimental.
“Todos nós temos filhos, erramos e acertamos, mas precisamos aprender que educação começa em casa e continua na escola”, destacou Alicéia.
O encontro de encerramento também foi pautado por atividades lúdicas. Suzana pediu que o grupo, utilizando massa de modelar, representasse uma figura que explicasse o que o ACT significou para elas. As mulheres construíram uma casa de alicerces firmes e esclareceram que as técnicas despertaram o desejo de que seus filhos cresçam em ambientes seguros e saudáveis.
Novas sessões do ACT começam todas as semanas com facilitadores variados, até que as 220 famílias, escolhidas através da Coorte de 2015, sejam atendidas. O método integra as ações do eixo de Prevenção Social do undefined por meio do Estudo Piá – Primeira Infância Acolhida, atividade em desenvolvimento pela Prefeitura em um convênio com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O objetivo é que os resultados alcançados embasem uma política pública dedicada à primeira infância, a fim de melhorar a relação entre pais e filhos por meio do diálogo, do respeito e do carinho.