Na próxima terça-feira (02), será realizada a primeira formatura de pais do programa psicosocioeducativo ACT – Criando Crianças em Ambientes Seguros, iniciativa que integra o Pacto Pelotas pela Paz. A informação foi confirmada durante reunião do Comitê Integrado de Prevenção (CIP), na terça-feira (25). Na ocasião, também foram apresentados resultados do ACT em 2019. 

Apenas nesse ano, a ação foi realizada em 14 locais, envolvendo 15 facilitadores. Para o segundo semestre, quatro instituições do município já confirmaram a realização do programa. Hoje, 95 famílias são atendidas pelo ACT, com ótimos resultados. Em outubro, novos facilitadores devem ser formados para atuação no projeto, com foco nos servidores municipais.

“Algumas mães me relatam histórias de superação e melhoria das relações com os filhos. Uma delas, inclusive, conseguiu recuperar a guarda dos filhos, após passar pela iniciativa. Outro aspecto positivo é que vários pais também estão participando do programa", afirma Alicéia Ceciliano, coordenadora do ACT. 

O método integra o eixo de Prevenção Social do Pacto Pelotas pela Paz e busca ensinar os pais a reconhecer e entender o comportamento e o desenvolvimento dos filhos, além de colaborar para a construção de relações saudáveis, baseadas no diálogo. Recentemente, foi reconhecido como política pública municipal. Desde o ano passado, 218 famílias foram beneficiadas pelo ACT. 

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Por dentro do ACT

O ACT foi introduzido em Pelotas a partir do Estudo Piá, em julho de 2018, fruto da parceria entre a Prefeitura e o Centro de Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A pesquisa, sob responsabilidade do professor e doutor em Criminologia pela Universidade de Cambridge, Joseph Murray, consiste em monitorar a aplicação das práticas e avaliar seus resultados.  

Durante nove semanas, o ACT utiliza-se de discussões e dinâmicas para elucidar maneiras de reagir de forma positiva às dificuldades emocionais e sentimentos aversivos das crianças. A ideia é preparar mães, pais e cuidadores para relacionarem-se de forma mais saudável com as crianças e construírem ambientes mais seguros e livres da violência.